terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Oh, Oh, Oh!


Já lá vai o tempo em que o vAleTe era actualizado todas as semanas... por um lado é uma chatice porque tenho ido todos os dias para o campo, mas também não pensem que é descuido aleatório, já que ao fim de semana tenho aproveitado para viajar e visitar amigos!

A primeira deslocação desde o último post foi Valladolid, para aqui festejar o aniversário da Diana! No sábado, juntei-me com ela e amigos que estavam de visita à cidade, e passámos bons momentos ao longo da tarde e, claro, na festa que foi pela noite dentro! Ainda assim, a visita a esta cidade não durou muito tempo, e numa espécie de "domingo de manhã", voltávamos 8 para que conhecer um pouquinho da capital e para que alguns, no dia seguinte, apanhassem o autocarro de regresso a Portugal.

("cumpleaños feliz, cumpleaños feliz, cumpleaños feliz, cumpleaños feliz..." ufa! =P )

Com o início da semana, coincidiu a primeira nevada deste inverno! Mesmo que por apenas alguns minutos, serviu, nem que seja psicologicamente, para dar início às festividades natalícias!

Como aqui não se festeja a restauração da independência perante a dinastia Filipina, apenas tive direito ao feriado de dia 8 de Dezembro. Pude finalmente visitar Barcelona e o facto de ter ido com o Erik e o Zeca ajudou que a experiência fosse ainda mais agradável e divertida!
Mesmo sem pressas ou aspirações de visitar tudo, acho que aproveitamos muito bem o tempo e no final deu para conhecer bastante da cidade e sentir o ambiente especial que se vive nas ruas, bairros e praças 24h por dia!

(algures em Rabal... acho.. perdidos, mas era!)

(um dos melhores grupos de música de rua que já vi)

(encontro com "Alexandrus" e Sara)

Já no fim de semana passado, eu e o Ivón retomámos, em parte, o nosso plano de visitar o país basco francês. Digo "em parte", porque como houve desistências de última hora e aqui chove há quase 2 meses consecutivos, limitámo-nos às redondezas de Bilbao.
Visitámos várias povoações de pescadores - Bermeo, Mundaka, Guernica, Elantxobe e Lekeitio. No sábado à noite, montou-se uma festarola num "local" de alguns amigos do Ivón, que levou bom seguimento, sempre com boa música à mistura.
No domingo, a ideia inicial era fazer uma caminhada na serra para aproveitar a neve, mas como a chuva não parava, demos mais uma volta por Bilbao e seguimos para Vitoria. Aqui voltámos a ser muito bem recebidos, e a juntar à beleza desta cidade medieval, começou a cair uma bonita nevada.
Com o passar das horas, e já no caminho de regresso a casa, o bonito da neve começou a adensar-se e o resto da viagem tornou-se numa espécie de calvário, com muito mau tempo, notícias de estradas fechadas e muito pouca visibilidade... Mas como o que tem de correr bem, acaba quase sempre por correr bem, regressámos a Madrid cansados mas com sensação de "dever cumprido"!




(Ermita de San Juan de Gaztelugatxe: carro estacionado a 2 km e 236 degraus)

(mundaka)

(elantxobe)

(lekeiko)

(vitoria-gasteiz)

Com tanta coisa, espero que esta semana dê para aliar o trabalho de campo a um jantarinho de natal entre amigos daqui e dali, e sem dar por isso, vai ser domingo e regressarei a Portugal para as festividades... e já sabem:

Para o próximo ano (e não só) há mais! ;)

Ed.

sábado, 29 de novembro de 2008


Em resposta ao desafio que me foi proposto, aqui vai:

Regras:

1 - Colocar uma foto individual


2 - Escolher uma banda/artista de eleição
Pearl Jam

3 - Responder às perguntas com títulos de canções da banda escolhida
. és homem ou mulher? - "nothingman"
. descreve-te: - "given to fly"
. o que as pessoas acham de ti? - "smile"
. como descreves o teu último relacionamento: - "footsteps"
. descreve o estado actual da tua relação: - "i'm open"
. onde querias estar agora? - "state of love and trust"
. o que pedirias se pudesses ter só um desejo? - "wishlist"
. escreve uma frase sábia - "god's dice"

4 - Desafiar 4 bloguistas para passarem a outro e não ao mesmo
Como isto já soa à epidemia das cadeias de emails, convido a quem quiser deixar aqui a sua versão! =P

terça-feira, 18 de novembro de 2008

regresso às viagens

Ciao!

Regressei às viagens "internacionais". Com esta, pude adicionar mais dois países à minha lista deste ano de 2008, que parece que vai mesmo terminar com o número 8!

Desta vez, fui visitar a Inês ao nordeste italiano, encontrando-me no aeroporto de Malpensa com a Pipas que chegava de Portugal à mesma hora.
A Inês, acabada de se mudar para Taino, alojou-nos na sua casa onde está a viver com um alemão, o Björn.
Depois de dormir algumas horas (não suficientes para colmatar a constipação que carreguei ao longo de todo o fim de semana), acordámos com a espectacular vista para uma serra branquinha da neve.

Como para os residentes era dia de trabalho, eu e a Pipas apanhámos um comboio pela manhã e fomos visitar Milão na 6a feira.
Para esta cidade, não tinha expectativas altas, pois tinham-me falado de uma arquitectura bastante pesada e de não ser propriamente a mais bonita da região. Ainda assim, não deixa de ser a capital da moda e numa perspectiva de espectador perante alguns animais raros, foi engraçado ver o grau de ostentaçãode alguns dos "autóctones". Fizemos a voltinha da praxe, com passagem pelo Teatro la Scala, as galerias de Vittorio Emanuelle II, o duomo e o castelo, e tenho de reconhecer que não vim desiludido!
Com o final do dia a aproximar-se rapidamente, resolvemos ir até Bergamo, onde passamos menos de 1 hora, já que nos íamos encontrar depois com a Inês, e que só deu para fazer um reconhecimento da avenida principal e observar desde baixo a zona alta da cidade (abriu o apetite para um regresso).
Com o cansaço acumulado e o aumento da produção de diversas mucosidades, as forças não chegaram para ir a uma festa de amigos da Inês, que conhecemos, em parte, no dia seguinte.


(com os carabinieri nas galerias, Milão)

(hora de ponta na estação central de Milão)


A alvorada voltou a ser pelas 9 da manhã e depois de irmos apanhar a Aga, juntámo-nos numa bela pastelaria em Ispra para tomar um dos melhores cappucino e croissants do mundo, e onde nos encontrámos com o Andreas e outros gregos que o visitavam, e mais tarde o Jacopo que também se juntou a nós.

Partimos com destino a Torino, onde tive a primeira amostra do caos automobilistico dos italianos e depois de andarmos perdidos no meio da multidão de um mercado de rua, finalmente encontrámos um lugar para estacionar, que mais tarde se viria a revelar bastante azedo.

Com as condicionantes de sermos um grupo grande - 10 pessoas de 5 nacionalidades diferentes - tivemos alguma dificuldade em optimizar a "excursão", de tal forma que acabámos de almoçar quase de noite, sem praticamente nada visitado... mas como nesse dia não tínhamos quem nos esperasse, a partir daí, acredito que aproveitámos bastante a visita, ficando com a melhor das impressões da cidade. As praças com história a canda canto são fascinantes e fotogénicas, o imponente museu do cinema ajuda a criar uma mística na cidade e junto ao rio que a atravessa, era visível um mar de luzes em todo o redor!
Depois de alguns tomarem o "aperitivo", no meu caso de comer o 1001 º gelado, regressámos aos carros, e não querem ver que o vidro do carro dos gregos estava partido?! Ainda assim, desta vez os danos ficaram-se pelo furto do auto-rádio e tirando o frio que eles passaram no caminho de regresso, não houve nada mais a lamentar.

(foto de grupo na "excursão" de sábado)

(Piazza San Carlo , Torino)

Para o último dia da viagem, reservámos uma visita aos lagos. Nós os três, começámos por tomar o pequeno almoço em Ranco, num café com vista para o lago Maggiore, seguimos para Como, onde várias personalidades têm casas de férias com vista para um lago com o mesmo nome (o 3º maior de Itália). Como a cidade em si não impressionou, continuámos em direcção a Bellagio, onde planeávamos cruzar em ferry até à outra margem. Quando aqui chegámos, a sensação foi diferente, já que se tratava de uma povoaçãozinha, que apesar de claramente turística, tinha um encanto que me fez lembrar o charme do cinema antigo.
Sempre rodeádos de imponentes montanhas nevadas, cruzámos o lago durante o pôr do sol e decorridos alguns quilómetros, passávamos a fronteira para a Suiça, onde fomos até a Lugano, a que chegámos já de noite e a uma cidade já claramente com as portas fechadas. Perante isto, voltámos a cruzar a fronteira e terminámos a viagem (pelo menos para mim) em Varese com um belo aperitivo!

(Bellagio)

(ferryboat, Bellagio)

Quase sem dar por isso, já eram horas de regressar ao aeroporto, a Madrid e a mais uma semana de trabalho.

Arriverdeci!
Ed.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

o monstro das castanhas volta a atacar!

Olá!

Depois de um período bloguisticamente inactivo, o VaLeTe renasce das cinzas como a Fénix!

O Outono chegou a Madrid com uma brusquidão impressionante. Sente-se o cheiro das castanhas nas ruas , as árvores já perderam os tons avermelhados e estão mais despidas para o frio Inverno que aí vem. Talvez por isso, durante a semana, cada vez me sinto melhor no quentinho da Martin de Vargas, deixando a libertação do monstro das castanhas para os fins de semana!

(Flamenco no Retiro)

Para não se perderem (já que a rotatividade da casa tem sido muita), começo por fazer o update dos elementos da casa. As Marias e a Calcetines abandonaram a casa, ficando eu e a Ane, e entrou o Erik e o Alejandro, um catalão bem disposto e com elevados dotes culinários!

No fim de semana que se seguiu a Paris, recebi a visita da Diana e das suas companheiras erasmus em Valladolid, que coincidiu com a visita de uns amigos do "Alejandrus". Isto ajudou a que para além da tornée do costume, houvesse festarola bem animada, inclusive com o pessoal da casa, com quem não tinha saído assim tantas vezes!


(local de gastronomia típica madrilenha)

No fim de semana seguinte, voltei-me a juntar com alguns "inóvios", com a Diana e a Ana e fomos passar um Halloween improvisado em Salamanca, onde nos encontrámos aí com uma amiga do Hugo, que estuda com mais algumas portuguesas, uma delas que já tinha sido da minha turma no secundário! Como a equipa era bastante grande, houve necessidade de recorrer a hostels, que nos obrigou a levantar cedo e conciliar a animação nocturna da cidade, com passeios turísticos.

(Halloween em Salamanca, com(n)sanguinidade)

Na semana que se seguiu, houve mais uma vez bastante trabalho de campo, com a particularidade de ter ido para a serra de Guadalajara e Alto Tejo, onde nos esperou muita labuta, mas essencialmente bom convívio e bonitas paisagens.

Perante um cancelamento de última hora para hipotéticamente revisitar Donostia, eu, o Erik e a Marisa tivemos a infeliz ideia de visitar Ávila, um claro "flop" turístico (Marrazes a património da Unesco, já!).

(um bonito "monte" ao lado de Ávila)

sábado, 18 de outubro de 2008

paris je t'aime


Olá a todos!

Nada como um fim de semana em casa (finalmente) para organizar as minhas coisas, entre elas o blog.

Pois é, na semana passada concretizei mais um dos meus objectivos para esta minha aventura, que foi uma visita a Paris. A juntar a isto, orgulho-me de ter ido sozinho e de me chegar sentir, nem que por alguns momentos, como mais um parisiense. À partida, a minha ideia era exactamente esta, experimentar o ambiente dos bairros que sempre fizeram parte do meu imaginário, onde já tinha estado em pequeno, mas que queria agora absorver de outra forma.

Cheguei no sábado de noite ao hostel que tinha antecipadamente reservado e que ficava precisamente no coração do bairro de Montmatre. Mal cheguei, saí para a rua, para subir ao Sacre Coer e ver a vista nocturna da "cidade da luz". Surpreendido pela quantidade de pessoas que aqui circulava a hora tardia, logo percebi que tudo isto se devia a uma feira gastronómica de todas as regiões de França e graças a ela, houve direito a um espectáculo de som e fogo de artifício.

(movimento nocturno em Montmatre)

O meu domingo começou cedinho. Depois do típico croissant, voltei a subir ao Sacre Coer para ver a luz da manhã sobre a cidade e depois de descer, deambulei um pouco pelas ruas de Montmatre e entre outras coisas pude ver alguns dos locais por onde "vive" Amélie Poulain.


(Sacre Coeur)

(Mural d'Abesses)

Com o crescer do dia, aumentava também o movimento e já no centro da cidade era praticamente impossível não nos sentirmos turistas. Ainda assim, sabendo que ao domingo de manhã decorre um mercado na Rue Mouffetard, fui de metro até ao centro da cidade e aqui deparei-me com um dos melhores ambientes de toda a viagem. Gente por todo o lado, frutas, verduras, música, pessoas que dançavam e um todo ambiente que não me deixou indiferente.

(Mercado da Rue Mouffetard)

(Praça Saint-Médard)

Sempre a pé e propositadamente deixando-me perder a espaços, alternei alguns dos muitos pontos turísticos, com alguns locais pitorescos, como por exemplo jardins onde velhotes jogavam à "laranjinha", uma feira de aves e plantas, e ainda estive tranquilamente a ler nos jardins do Louvre. A riqueza da cidade em muitos aspectos é inegável e até um banal edifício, noutra parte do mundo poderia ter honras de monumento. Além disso, fico muito contente por ter tido sorte com o tempo e de poder ver a cidade em todo o seu esplendor, vestida com as cores de outono.


(prova presencial)

(passeio junto ao rio)

(torre Eiffel)

Depois de muitos quilómetros palmilhados, resolvi terminar o dia com um passeio junto ao Senna e quando cheguei à estátua da liberdade, já era de noite. Depois de passar no "Ed" para comprar algo para o jantar (o minipreço cá do sítio), fui ainda à zona do Moulain Rouge e numa rua acima bebi uma cervejola no Le Deux Molins.


(Le moulin rouge)

A segunda feira foi bastante diferente. A cidade largou os calções e a máquina fotográfica ao pescoço e apressou-se para o trabalho. Desfrutei então muito mais de um café bebido na esplanada, de uma passagem matinal pelo Pere Lachaise e da tranquilidade dos parques.

(despertar em Montmatre)

(V)

Embora dizê-lo pareça um pouco clichê, deja vu, ou rentrée, Paris deve realmente ser uma cidade agradável para se viver e a magia da sua história, presente em quase todos os lugares, deu-me vontade de um dia viver numa cidade assim!

Au revoir.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

cumpleaños feliz


Consequências do malfadado S. Valentim, ou vá-se lá saber porquê, Outubro é sinónimo de "crias"... sendo assim, gostaria de desejar aos muitos aniversariantes dos tempos próximos, parabéns pela vossa bonita idade (seja ela qual for)!

Aos que já fizeram: Roger, Janeco

Aos que estão por fazer: Romeu, Marisa e Luz (está na hora de reenviar um desses emails com um powerpoint inútil nos próximos minutos para reverter o azar que vos criei aqui)

Aos que me esqueci: paciência pah...não sou nenhum calendário!

Dentro desta temática, tenho a dizer que na última 5a feira, se organizou uma megafesta de aniversário para o “Sócio”, com direito a balões com a forma de animais, bacalhau à brás, boneca insuflável, lambada e muitos outros hits dos 80's e 90's. Houve ainda um video suficientemente cutxi-cutxi para quase arrancar uma lágrima ao Janeco e a todos os que participaram na sua realização.



Já o fim de semana, contou com mais um regresso à cidade do Lis, onde pude tratar das burocracias que tanto pautam as nossas vidas, mas que pela primeira vez vieram mesmo a calhar, porque foi mais uma desculpa para visitar família e os amigos!

Por falar em pautar, depois de uma passagem no mítico colonial, na noite de sábado houve um bonito jantar no pátio das cantigas, onde se comeu grelhada mista acompanhada de orgão, que ainda passou por uma festa de anos de "alguém" no orfeão velho e antes de uma mega caminhada vespertina, terminou no beat club! =P

O resto do fim de semana foi muito bem passado, com excepção de um evento desportivo de domingo à noite que "se me varreu da memória" e do stress que foi para apanhar o vôo de regresso a Madrid! E já que aqui estamos, vale a pena relatar o sucedido:



INTRODUÇÃO:

acontecimento nº1 - Como de costume, o eduardo atrasa-se na hora de levantar.

acontecimento nº2 - À saída de casa, estava um gato/pantera preso no interior do meu prédio. Ao ver-se encurralado na porta, começou a trepar as paredes, chegando mesmo a atingir o tecto que estava a uns 3 m de altura (de verdade!). De cada vez que nos aproximávamos, assanhava-se todo que dava medo. Resultado: 15 min perdidos.

acontecimento nº3 - uma chuvada incrível que caiu durante a viagem até ao porto, obrigou-nos a ir a passo de caracol.

acontecimento nº4 - pelo menos uns 4 acidentes e obras, obrigaram-nos a estar mais de 1h30 parados no trânsito antes e depois da ponte do freixo.

acontecimento nº5 - ao chegar ao check-in do aeroporto (às 11.30, quando as portas de embarque fechavam as 11.40) o bilhete que tinha imprimido estava errado. Conclusão: consegui encontrar uns computadores no aeroporto que permitiam imprimir coisas, mediante a entrega de um login e password, em troca de algumas (muitas) moedas.

acontecimento nº6 - já com o bilhete certo na mão, saltando filas e barreiras, mas sem qualquer esperança de chegar a tempo do vôo, consegui passar no check-in às 11.45, onde ainda implicaram com umas gotas dos olhos que levava na mala!


CONCLUSÕES

Com o cinto pendurado ao pescoço, o portátil na mão e a mochila meio aberta, cheguei à porta de embarque as 11.50, onde para grande alívio havia uma fila à espera de avançar, onde ainda estive uns 10 min. O voo tinha-se atrasado 30 min, mas no meio de muita turbulência, lá fui eu feliz e suado para o regresso a Madrid!

Com algum grau de incerteza, à luz destes acontecimentos, podemos afirmar com algum grau de incerteza que a minha esperança média de vida foi reduzida em cerca de 2,2%.



(minis na pâtisserie Colonial)

(Jean Michel Jarre em raro concerto no Pátio das Cantigas)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

tapas na área 51

Olá!

Depois da grandiosa expedição ao "Algarve" do Pai Natal, foi bom voltar ao calor mediterrânico e passar um raro fim de semana em Madrid.

Mas já que o vício de viajar se começa a apoderar de mim, aceitei sem hesitar o convite de voltar a Granada para um fim de semana com a Marisa, a "Máriza", o Jorge e o Hugo! Como já tinha estado aqui antes, sabia qual a maior atracção turística da terra, que certamente foi contemplada na eleição das 7 novas maravilhas do mundo: as tapas!

Um carrito da melhor agência de aluguer do mundo - Atesa - levou-nos até a uma animada festa erasmus, onde deliciámos os locais com o nosso extenso leque de manobras dançantes!

Como o sábado nos brindou com uma chuva incessante, aproveitamos a deixa para conhecer a fundo os bares da Calle Elvira e armazenar cerveja, hambúrgueres, pizzas, queijo, crepes, sandwiches, enfim, acumular gordura para superar o inverno que aí vem!


A noite de sábado foi um autêntico freakshow, com presença do "mágico dos chispes", o "beatboxer" que actuou à porta da despedida de solteiro de um toureiro e o breakdancer-anão (cujo nome não sei, mas que gosto de pensar que seja Cajó).

... e ainda falam do Entroncamento!

No domingo, e antes de regressar a Madrid, fizemos um desvio e fomos até Guadix conhecer o bairro das cuevas, que me pareceu mais um bom exemplo do quão bem os espanhóis promovem o seu turismo.

(Jorge, 2xMarisa, Eduardo, Hugo)


(dragon shishas)


(barrio de las cuevas - Guadix)

("REDRUM!")

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Hej!


Depois do último fim de semana de pesadelo, só mesmo uma viagem de sonho para o esquecer!
Na sexta feira passada fui com o Janeco para a muito esperada viagem à Suécia. A cidade que escolhemos foi Gotemburgo, não só por ser a segunda maior cidade do país e pela sua localização costeira, mas também por ser um dos destinos ryanair!

Mas desta vez tudo correu sobre rodas. Apesar de não termos conseguido sofás através do couchsurfing, estivemos em hostels baratos e com excelentes condições. Já que o nível de vida dos suecos está bastante acima do nosso, conseguimos controlar as despesas graças a refeições de mercado e supermercado (com a excepção da averiguação in situ do índice de riqueza MacDonals).
Como a cidade é praticamente toda plana e está servida de uma imensa rede de ciclovias (que penso que liga grande parte do país), alugámos bicicletas, que tal como o Flávio me contava, tinham travões nos pedais e que requeriam alguma habituação...

Esta visita, em certa parte correspondeu às minhas muitas expectativas. O civismo dos suecos, o cuidado com que mantêm as coisas e a sua organização é uma lição para país e toda esta atitude é de facto contagiante e damos por nós a cuidar ao máximo o que nos rodeia. Por outro lado, fiquei surpreendido com outras coisas, como a simpatia do povo, a excelente forma como nos acolhem em todo o lado e... porque não - o frio que já fazia no verão: 4-13 ºC! Deparámo-nos também com outras coisas que cria serem um pouco diferentes, um consumismo parecia ser bastante elevado, ostentado nos carros que víamos espalhados pela cidade, ou nos volumes dos sacos que a gente passeava pelas ruas.

Na noite em que chegámos, só tivemos tempo para fazer o check-in no hostel e experimentar alguns dos pubs que havia aí perto. Por casualidade, e pelo que nos disseram, era uma das melhores e mais baratas zonas da cidade, mas mesmo assim, bastante acima do que os nossos bolsos podiam carregar.
Na manhã do dia seguinte, e já com bicicletas alugadas, fizemos um reconhecimento da cidade, do canais, da zona centro e visitámos o mercado onde comprámos almoço. À tarde, fomos a Slottsskogsparken, um grande jardim no meio da cidade e que tinha um pequeno zoológico com fauna local. Depois de ver alces e companhia, montámos novamente nas pasteleiras e fizemos um dos passeios que mais gostei. Em Saltholmen e Fiskebäck, pequenos portos a alguns quilómetros da zona urbana, desfrutámos da vista sobre o arquipélago que ladeia a região, fomos acompanhados por um bonito entardecer e sentimos um pouco do ambiente "fiord".

O regresso ao hostel, enregelados, cansados e com fome, foi bastante esgotante, o que fez com que a saída nocturna desse dia se resumisse a um par de horas na zona de bares.

No Domingo, voltámos a acordar bem cedo, e com o sol envergonhado, optámos pelo programa cultural. Visitámos o museu de arte, o centro fotografia Hasselblad e ao museu da cidade que contava um pouco da história e evolução da região. Ao cair da noite, fomos ainda à zona do parque de atracções - Lisebergs - um dos emblemas da cidade e visitámos alguns pólos da universidade.

A segunda feira chegou a correr, mas como ainda tínhamos um dia quase inteiro para aproveitar, madrugámos bem cedo e resolvemos fazer um percurso que passava pelo jardim botânico, uma reserva natural adjacente e que teria como objectivo final uma outra zona portuária que dava acesso à ilha de Stora Amundö. Depois de ver o jardim e de fazer um pouco de BTT na reserva com as nossas pasteleiras, apercebemo-nos que estávamos perdidos, e não tivemos outra opção senão voltar para trás antes de chegar a hora de entrega das bicicletas e para fazer o check-out do hostel. Já com as mochilas às costas, fomos a pé para o centro da cidade e no turismo deram-nos a dica de que podíamos visitar algumas das ilhas do arquipélago em barcos que saíam do porto onde tínhamos estado antes. Sendo assim, fomos de eléctrico (um dos emblemas de Gotemburgo) até Saltholmen e apanhámos o ferry até Brännö, uma pitoresca ilha sem automóveis, com cerca de 800 pessoas que se dedicam à pesca, ou se deslocam diariamente para os seus trabalhos em Gotemburgo. Subimos ao miradouro no ponto mais alto e daí absorvemos a espectacular vista sobre o arquipélago e cidade, que foi como o desfecho perfeito para a despedida desta viagem!
O regresso ao aeroporto, foi um pouco como em todo o fim de semana, a tempo, mas no limite da hora, o que nos deu para aproveitar ao máximo a estadia por aqui!
Se já tinha a ilusão de viver, nem que fosse alguns meses, num país escandinavo, depois desta viagem, essa vontade cresceu ainda mais e creio que enquanto cidadãos e pessoas, esta é uma experiência que nos pode enriquecer, que se aconselha e recomenda!

Hej då!
Ed.


"Aonde é que para a polícia?"

Passando a explicar o último post, já que as palavras do saudoso Bruno Aleixo, apesar de sábias não descrevem tudo, há dois fins de semana atrás, inicialmente pensados como os último quatro dias de praia do ano, econtrava-me rodeado de uma equipa cheia de vontade de triunfar - Janeco, Luis e Jorge. A todos, acabou por nos resultar numa lição de vida... bastante chata e cara por sinal!
Com um carro alugado (e já depois de termos sido roubados no preço de um almoço no caminho), mal chegámos à praia corremos para dar um mergulho (que não durou muito por causa da chuva). Q
uando voltámos, descobrimos um monte de vidros partidos no lugar de uma janela dos bancos de trás, pela qual nos roubaram carteiras, um telemóvel e uma mochila cheia de roupa. Acabei por ser o menos azarado, não só por apenas ter ficado sem os documentos, mas principalmente por aquilo que não tiveram tempo para levar (iPod, carta condução, passe transportes, etc.).
Basicamente o fim de semana salvou-se pela boa dose de parvalheira e descontracção de todos perante um rol infindável de situações caricatas e pelo seguro da agência de rent-a-car, que ainda nos deu dormida num belo hotel de 4 estrelas e que em princípio poderá cobrir parte das despesas em que fomos lesados. Ainda assim, não nos livrou de um milhão de deslocações à polícia ( 4 esquadras visitadas e 3 denúncias diferentes), sem contar com a sovinice da companhia seguradora, que ainda estará para vir!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Por fim, férias. Férias, por fim.

Olá! Finalmente arranjei um tempinho para actualizar o blog e contar-vos um bocadinho do que foram as minhas férias.

Apesar de já ter passado bastante tempo e de não ter sido própriamente durante férias, vou começar pelo fim de semana em Manzanares El Real. Num sábado (não tão de manhã quanto isso) encontrei-me com o "Sócio" e depois de menos de uma hora de viagem já tínhamos abandonado os ares da cidade e estávamos num típico cenário de montanha.


Apesar de só podermos ter aproveitado o domingo para fazer trilhos e mesmo com muito peso às costas, conhecemos um pouco da região, esquecemos a rotina da cidade por completo e refrescamo-nos nos inúmeros cursos de água e charcos que íamos encontrando pelo caminho. As paisagens de granito e a beleza do monte fizeram com que este tivesse sido um mero aperitivo para futuras visitas!

(Janeco - o Obelix da Bajouca)


(Cinema antigo de Manzanares El Real)

As férias própriamente ditas, só começaram no fim de semana de ponte (dia 15). À última da hora, e como têm de ser nestas coisas, eu e alguns tugas resolvemos enfiar-nos num autocarro de 7h e viajar até à região de Almeria (Guardas Viejas) para ir ao "Ola Festival". O cartaz era fantástico - Massive Attack, Björk, Goldfrap, The Editors, Soulwax e 2 many dj's! Infelizmente, depois de terminados os concertos, a envolvente não convidava a ficar muito mais tempo, já que aquela que é verdadeiramente a única obra do homem vista do espaço - uma imensidão de estufas - não era deveras bonita de se ver, de maneira que nos escapámos para a cidade de Almeria e depois de uma noite dormida na praia, voltei a comer peixinho e só não fui mais tempo para a praia porque me tinha tornado Homem Gamba de tanto sol que levei no lombo!


( Festivaleiros - Ed, Marta, Teresa, Zeca e Nuno)

Depois 7h de regresso a Madrid, mal houve tempo para recuperar e já me encontrava noutro autocarro de 5h até San Sebastian (Donostia), onde me ia encontrar com o Erik. Ele e a família receberam-me às mil maravilhas e ainda nos encontrámos com a Ane e o Yang, um amigo dela chinês. San Sebastian é muito bonita e tranquila, um sítio daqueles onde nos imaginamos a viver e talvez por isso, com um dos níveis de vida mais altos de Espanha. Por aqui, uma estadia bastante calma, mas que ainda deu para andar de canoa, percorrer as ruas de bicicleta e ver um torneio do circuito ATP. Fomos também à terra da Ane - Zarautz - uma praia de surfistas, onde fizemos bodyboard com uma prancha que era no máximo amadora e acompanhámos o Yang no seu primeiro banho de mar! No mesmo dia, ainda fomos jantar a Guetaria, uma pequena povação de pescadores, onde passámos um bom bocado na conversa, a ver o pôr do sol e o luar.


(marés vivas em Donostia)

(Zurriola - Donostia)

(Zarautz)

(diz que é uma espécie de bodyboard)

(por do sol em Guetaria)

(Free willy)


(vista sobre a baía da Concha)

(cicloturismo pelas ruas de Donostia)

Com a semana a terminar, e já com a Alaitz e alguns amigos do Erik, fomos até Bilbao assistir a um concerto integrado nas festas da cidade. Aqui fiquei mais dois dias, acolhido em casa do Ivón, que me mostrou a cidade, com alguns traços a lembrar o Porto e Aveiro, mas com obras arquitectónicas impressionantes e um completo alvoroço festivo, com barraquinhas de associações locais por todo o lado. Os melhores fogos de artifício que já assisti foram acompanhados por sidra e houve animação "qb"!

(future proof)

(A aranha de Bourgeois e museu Guggenheim ao fundo)

(Festas de Bilbao)

(Ivón, Ed, Erik, Alaitz)

Na ressaca das férias, ainda fui a Portugal com a "desculpa" do BI caducado, com um programa "popularucho" - houve direito a pevides, tremoços, minis, mercado e uma sardinhada (que não resultou de todo de uma manhã de pesca, agradável, mas frustada!)