terça-feira, 16 de setembro de 2008

Hej!


Depois do último fim de semana de pesadelo, só mesmo uma viagem de sonho para o esquecer!
Na sexta feira passada fui com o Janeco para a muito esperada viagem à Suécia. A cidade que escolhemos foi Gotemburgo, não só por ser a segunda maior cidade do país e pela sua localização costeira, mas também por ser um dos destinos ryanair!

Mas desta vez tudo correu sobre rodas. Apesar de não termos conseguido sofás através do couchsurfing, estivemos em hostels baratos e com excelentes condições. Já que o nível de vida dos suecos está bastante acima do nosso, conseguimos controlar as despesas graças a refeições de mercado e supermercado (com a excepção da averiguação in situ do índice de riqueza MacDonals).
Como a cidade é praticamente toda plana e está servida de uma imensa rede de ciclovias (que penso que liga grande parte do país), alugámos bicicletas, que tal como o Flávio me contava, tinham travões nos pedais e que requeriam alguma habituação...

Esta visita, em certa parte correspondeu às minhas muitas expectativas. O civismo dos suecos, o cuidado com que mantêm as coisas e a sua organização é uma lição para país e toda esta atitude é de facto contagiante e damos por nós a cuidar ao máximo o que nos rodeia. Por outro lado, fiquei surpreendido com outras coisas, como a simpatia do povo, a excelente forma como nos acolhem em todo o lado e... porque não - o frio que já fazia no verão: 4-13 ºC! Deparámo-nos também com outras coisas que cria serem um pouco diferentes, um consumismo parecia ser bastante elevado, ostentado nos carros que víamos espalhados pela cidade, ou nos volumes dos sacos que a gente passeava pelas ruas.

Na noite em que chegámos, só tivemos tempo para fazer o check-in no hostel e experimentar alguns dos pubs que havia aí perto. Por casualidade, e pelo que nos disseram, era uma das melhores e mais baratas zonas da cidade, mas mesmo assim, bastante acima do que os nossos bolsos podiam carregar.
Na manhã do dia seguinte, e já com bicicletas alugadas, fizemos um reconhecimento da cidade, do canais, da zona centro e visitámos o mercado onde comprámos almoço. À tarde, fomos a Slottsskogsparken, um grande jardim no meio da cidade e que tinha um pequeno zoológico com fauna local. Depois de ver alces e companhia, montámos novamente nas pasteleiras e fizemos um dos passeios que mais gostei. Em Saltholmen e Fiskebäck, pequenos portos a alguns quilómetros da zona urbana, desfrutámos da vista sobre o arquipélago que ladeia a região, fomos acompanhados por um bonito entardecer e sentimos um pouco do ambiente "fiord".

O regresso ao hostel, enregelados, cansados e com fome, foi bastante esgotante, o que fez com que a saída nocturna desse dia se resumisse a um par de horas na zona de bares.

No Domingo, voltámos a acordar bem cedo, e com o sol envergonhado, optámos pelo programa cultural. Visitámos o museu de arte, o centro fotografia Hasselblad e ao museu da cidade que contava um pouco da história e evolução da região. Ao cair da noite, fomos ainda à zona do parque de atracções - Lisebergs - um dos emblemas da cidade e visitámos alguns pólos da universidade.

A segunda feira chegou a correr, mas como ainda tínhamos um dia quase inteiro para aproveitar, madrugámos bem cedo e resolvemos fazer um percurso que passava pelo jardim botânico, uma reserva natural adjacente e que teria como objectivo final uma outra zona portuária que dava acesso à ilha de Stora Amundö. Depois de ver o jardim e de fazer um pouco de BTT na reserva com as nossas pasteleiras, apercebemo-nos que estávamos perdidos, e não tivemos outra opção senão voltar para trás antes de chegar a hora de entrega das bicicletas e para fazer o check-out do hostel. Já com as mochilas às costas, fomos a pé para o centro da cidade e no turismo deram-nos a dica de que podíamos visitar algumas das ilhas do arquipélago em barcos que saíam do porto onde tínhamos estado antes. Sendo assim, fomos de eléctrico (um dos emblemas de Gotemburgo) até Saltholmen e apanhámos o ferry até Brännö, uma pitoresca ilha sem automóveis, com cerca de 800 pessoas que se dedicam à pesca, ou se deslocam diariamente para os seus trabalhos em Gotemburgo. Subimos ao miradouro no ponto mais alto e daí absorvemos a espectacular vista sobre o arquipélago e cidade, que foi como o desfecho perfeito para a despedida desta viagem!
O regresso ao aeroporto, foi um pouco como em todo o fim de semana, a tempo, mas no limite da hora, o que nos deu para aproveitar ao máximo a estadia por aqui!
Se já tinha a ilusão de viver, nem que fosse alguns meses, num país escandinavo, depois desta viagem, essa vontade cresceu ainda mais e creio que enquanto cidadãos e pessoas, esta é uma experiência que nos pode enriquecer, que se aconselha e recomenda!

Hej då!
Ed.


"Aonde é que para a polícia?"

Passando a explicar o último post, já que as palavras do saudoso Bruno Aleixo, apesar de sábias não descrevem tudo, há dois fins de semana atrás, inicialmente pensados como os último quatro dias de praia do ano, econtrava-me rodeado de uma equipa cheia de vontade de triunfar - Janeco, Luis e Jorge. A todos, acabou por nos resultar numa lição de vida... bastante chata e cara por sinal!
Com um carro alugado (e já depois de termos sido roubados no preço de um almoço no caminho), mal chegámos à praia corremos para dar um mergulho (que não durou muito por causa da chuva). Q
uando voltámos, descobrimos um monte de vidros partidos no lugar de uma janela dos bancos de trás, pela qual nos roubaram carteiras, um telemóvel e uma mochila cheia de roupa. Acabei por ser o menos azarado, não só por apenas ter ficado sem os documentos, mas principalmente por aquilo que não tiveram tempo para levar (iPod, carta condução, passe transportes, etc.).
Basicamente o fim de semana salvou-se pela boa dose de parvalheira e descontracção de todos perante um rol infindável de situações caricatas e pelo seguro da agência de rent-a-car, que ainda nos deu dormida num belo hotel de 4 estrelas e que em princípio poderá cobrir parte das despesas em que fomos lesados. Ainda assim, não nos livrou de um milhão de deslocações à polícia ( 4 esquadras visitadas e 3 denúncias diferentes), sem contar com a sovinice da companhia seguradora, que ainda estará para vir!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Por fim, férias. Férias, por fim.

Olá! Finalmente arranjei um tempinho para actualizar o blog e contar-vos um bocadinho do que foram as minhas férias.

Apesar de já ter passado bastante tempo e de não ter sido própriamente durante férias, vou começar pelo fim de semana em Manzanares El Real. Num sábado (não tão de manhã quanto isso) encontrei-me com o "Sócio" e depois de menos de uma hora de viagem já tínhamos abandonado os ares da cidade e estávamos num típico cenário de montanha.


Apesar de só podermos ter aproveitado o domingo para fazer trilhos e mesmo com muito peso às costas, conhecemos um pouco da região, esquecemos a rotina da cidade por completo e refrescamo-nos nos inúmeros cursos de água e charcos que íamos encontrando pelo caminho. As paisagens de granito e a beleza do monte fizeram com que este tivesse sido um mero aperitivo para futuras visitas!

(Janeco - o Obelix da Bajouca)


(Cinema antigo de Manzanares El Real)

As férias própriamente ditas, só começaram no fim de semana de ponte (dia 15). À última da hora, e como têm de ser nestas coisas, eu e alguns tugas resolvemos enfiar-nos num autocarro de 7h e viajar até à região de Almeria (Guardas Viejas) para ir ao "Ola Festival". O cartaz era fantástico - Massive Attack, Björk, Goldfrap, The Editors, Soulwax e 2 many dj's! Infelizmente, depois de terminados os concertos, a envolvente não convidava a ficar muito mais tempo, já que aquela que é verdadeiramente a única obra do homem vista do espaço - uma imensidão de estufas - não era deveras bonita de se ver, de maneira que nos escapámos para a cidade de Almeria e depois de uma noite dormida na praia, voltei a comer peixinho e só não fui mais tempo para a praia porque me tinha tornado Homem Gamba de tanto sol que levei no lombo!


( Festivaleiros - Ed, Marta, Teresa, Zeca e Nuno)

Depois 7h de regresso a Madrid, mal houve tempo para recuperar e já me encontrava noutro autocarro de 5h até San Sebastian (Donostia), onde me ia encontrar com o Erik. Ele e a família receberam-me às mil maravilhas e ainda nos encontrámos com a Ane e o Yang, um amigo dela chinês. San Sebastian é muito bonita e tranquila, um sítio daqueles onde nos imaginamos a viver e talvez por isso, com um dos níveis de vida mais altos de Espanha. Por aqui, uma estadia bastante calma, mas que ainda deu para andar de canoa, percorrer as ruas de bicicleta e ver um torneio do circuito ATP. Fomos também à terra da Ane - Zarautz - uma praia de surfistas, onde fizemos bodyboard com uma prancha que era no máximo amadora e acompanhámos o Yang no seu primeiro banho de mar! No mesmo dia, ainda fomos jantar a Guetaria, uma pequena povação de pescadores, onde passámos um bom bocado na conversa, a ver o pôr do sol e o luar.


(marés vivas em Donostia)

(Zurriola - Donostia)

(Zarautz)

(diz que é uma espécie de bodyboard)

(por do sol em Guetaria)

(Free willy)


(vista sobre a baía da Concha)

(cicloturismo pelas ruas de Donostia)

Com a semana a terminar, e já com a Alaitz e alguns amigos do Erik, fomos até Bilbao assistir a um concerto integrado nas festas da cidade. Aqui fiquei mais dois dias, acolhido em casa do Ivón, que me mostrou a cidade, com alguns traços a lembrar o Porto e Aveiro, mas com obras arquitectónicas impressionantes e um completo alvoroço festivo, com barraquinhas de associações locais por todo o lado. Os melhores fogos de artifício que já assisti foram acompanhados por sidra e houve animação "qb"!

(future proof)

(A aranha de Bourgeois e museu Guggenheim ao fundo)

(Festas de Bilbao)

(Ivón, Ed, Erik, Alaitz)

Na ressaca das férias, ainda fui a Portugal com a "desculpa" do BI caducado, com um programa "popularucho" - houve direito a pevides, tremoços, minis, mercado e uma sardinhada (que não resultou de todo de uma manhã de pesca, agradável, mas frustada!)