quinta-feira, 31 de julho de 2008

Qual é o melhor dia para casar?

("É p'ós noivos!")

Olá amiguinhos!!

O Verão está aí, Agosto a chegar e isso é sinónimo de quê? Pois é, imigrantada a visitar a terra natal!


Neste fim de semana, Leiria foi por momentos centro do mundo e ponto de encontro para "heptasicassenses" do Brasil, Itália, Inglaterra e Espanha. O pretexto, a versão 3.0 do casamento do meu afilhadinho!

Como o(s) indivíduo(s) muito(pouco) trabalham, só havia um fim de semana para aproveitar e tudo foi espremido ao máximo!

Desde a 6a feira, com um aperitivo de família e reunião com a outra família de Aveiro, só mesmo a carripana da Catarina ameaçou estragar a festa. Mas como todos transbordávamos alegria, no sábado cedo (ou não tanto quanto isso), o grupo estava devidamente equipado para aquele que foi o primeiro casamento dos nossos similares...palavras para quê, a festa estava "bem bonita"!



Deja vu ou não, fiquei mesmo feliz por participar neste dia mágico, em que só a saudosa música pimba destoaria numa edição da Vogue!

Desde a cerimónia, às olímpiadas de lançamento de arroz, o almoço que durou até às 3h da manhã e uma entrada VIP na Greenhill, tudo roçou a perfeição!


No domingo houve ainda tempo para dar os parabéns à "Chica" e dar um mergulho em São Pedro!


Um grande abraço para todos, desta vez com ainda mais saudades e
aqui ficam algumas fotos para mais tarde recordar e.... VIVA OS NOIVOS!!

Ed.

("pimped")

(reservoir dogs)

("a este amor que nos une!")

(Nando, a raínha da noite)

quarta-feira, 23 de julho de 2008

It's the Final Countdown!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Boas Festas!



(São Firmin!?Tu?!Aqui?!)


Dando seguimento ao espírito do "aproveita tudo enquanto podes, Eduardo!" aqui fica o relato de mais um fim de semana em grande!


Quem nunca ouviu falar das célebre festas de Pamplona? Ninguém, calculo, mas o que a maioria desconhece é que estas vão muito para além de um bando de malucos a correr à frente de touros!


Sendo assim, o vAleTe e a nova orde de portugueses em Madrid, resolveram ir averiguar o que aqui se passava e "fiesta" é mesmo a palavra de ordem!(*)


O pretexto dos festejos, não podia deixar de ser religioso, sendo oferecidos ao S. Firmin, mas de católico têm pouco, já que as celebrações são muito bem "regadinhas", com música tocada e dançada a toda a hora, a um ritmo frenético!

O começo foi atribulado (que já é regra), em que cheguei a perder o meu autocarro, mas no final tudo acabou por correu bem, e nem a chuva e o frio estragaram o fim de semana!


Prova disso, os números,no total dos dias 400.000 participantes (que quase duplicavam o número de habitantes locais), e tal como eles, nós não deixamos de foliar nas ruas, de dormir ao relento nos jardins da cidade, isto apesar de só termos 3 sacos-cama e 1 colchonete para 5 pessoas!


Os encerros (a corrida à frente dos touros) foi a única desilusão, para já, porque havia gente demais, e para o espectador, o acto apenas dura alguns segundos (no meio de tanta gente a coisa que vi que mais se parecia a um touro foi um vulto cinzento a passar).

Tirando isso, espectáculo! Havia 3 espaços de concertos com música para todos os gostos (nós vimos um de Punk, de Blues e de Metal), mas o melhor mesmo eram as bandas que desfilavam nas ruas e que apareciam de todos os lados. Por sorte tínhamos entrado num bar para nos abrigarmos da chuva de sábado à tarde, e vimos como tudo começava. Estávamos numa Associação Recreativa a beber a nossa cervejinha, quando apagam as luzes e toda a gente pega nas trompas, cornetas e bombos, saem para a rua e começando a tocar! Como diz o ditado, "Em Roma, sê romano" - seguimo-los e fomos parar a uma praça, onde outras bandas e grupos de pessoas de todas as idades e de diferentes países se juntaram, a cantar e a dançar!


Regressamos a Madrid no Domingo de manhã, a tempo de recuperar energias para a semana de trabalho e a boa disposição só ajudou a receber com bons olhos a proposta de que me fizeram de extender a minha estadia por cá mais 3 meses! À falta de alternativas e visto que estou a adorar a experiência, é quase certo que o Eduardo só volta a Portugal com o Pai Natal! ;)


Por isso, aproveito para desejar um desejo de boas festas a todos, porque o Natal é todos os dias e porque para a semana há Casamento V2.0 em Santa Catarina!!!


Até já!!

Ed.




(Eu, Magda, Marisa, Hugo e Janeco)




( Na companhia de um profissional destas andanças à largos anos!)




("parece que diz que vem lá touro!")




(Encerro para a gente quase normal)


(400.000 pessoas)



( 1.133.640 kg de lixo)



(kukuxumusu por todo o lado!)


(orgulhosamente envergando os impermeáveis dos "chinos")



(fanfarra)


(*) aqui fica mais uma bonita figura de estilo. Desta vez uma paronamásia, para não dizerem que este blog não enaltece a língua portuguesa.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Encontros e desencontros

Depois de uma época de inactividade, o vAleTe de CoPaS volta a estar em grande, cheio de novidades para contar!
Estas últimas duas semanas foram um misto de alegrias pela vitória de Espanha no Campeonato da Europa, reencontro e descoberta de novos amigos e despedida de outros...
Depois de 3 meses em Madrid sem quase ter falado em português, vi-me de repente rodeado de um grupo de gente que, tal como eu, cresceu a ver "Os amigos do Gaspar", que me acolheram e foram acolhidos por mim nesta passagem por Madrid.
Foi ainda durante a minha visita a Portugal que soube que o acaso ditou que o Janeco (amigo e "sócio" dos tempos do Liceu e de Aveiro) vinha para Madrid através do programa InovContacto! Como ele vieram outros, alguns que também estudaram em Aveiro, outros noutros lados, mas que no final todos temos um conhecido em comum (nem que seja em terceiro ou quarto grau) que nos deixa com a sensação de que o nosso país e o mundo são mais pequeninos do que parecem!
Juntos fizemos algumas jantardas, vimos a despedida de Portugal do Euro e à falta de melhor, juntamo-nos à loucura dos espanhóis pela conquista do troféu!

(consulado português de Lavapiés)

(Festa da "Eurocopa")

Se por um lado fiz estes novos amigos, por outro foi com tristeza que me despedi na semana passada da Charlotte e nesta do Erik, que volta para o País Basco. Ainda assim, fico contente, porque em tão pouco tempo consegui afeiçoar-me muito a eles, o que me deixam com o desejo e a certeza de os reecontrar em breve!
Entretanto, este fim de semana fui com alguns amigos da universidade para a zona de Segóvia, onde pudemos refrescar um po uco com os ares da montanha e recuperar (ou talvez nem tanto) as energias para mais uma semana de trabalho.
Inicialmente combinado como um fim de semana de campismo, acabamos por remeter a parte das dormidas para casa da Cristina, que foi especialmente bom pelas chuvadas que caíram no sábado!
Na 6a feira à noite fui para Segóvia com o Ivon, onde nos encontramos com a Cristina, a Ana e alguns amigos delas e tivemos um aperitivo da vida nocturna desta cidade (da qual já conhecia a versão diurna).
(Segóvia)

No dia seguinte, e não tão cedo quanto isso, fomos até à cascata de Navafria, de onde na parte superior se podia disfrutar das belas vistas envolventes (já m
e começo a parecer o José Hermano Saraiva com estas descrições...). Aí no cimo estava-se tão bem que deixamos que uma tempestade, que já se antevia, se aproximasse, que tornou o regresso bastante mais acelerado (e molhado) que o previsto!

(Chorro de Navafria)

Nesse dia ainda fomos visitar a Granja que tem uma versão "bazar dos 300" do palácio de Versalles, onde voltamos a levar com uma dose de granizo.
(umas das várias "bodas" com que nos cruzamos)

Como nesse noite coincidia precisamente a festa das velas em Pedraza, resolvemos esquecer o cansaço que o corpo acusava e fazer uma visita rápida. Chegados aí, esquecemos tudo isso já que todo o espaço estava lindíssimo! As luzes eléctricas tinham sido apagadas e milhares de velas iluminavam as ruas e casas desta aldeia mediaval!

(Festas das velas em Pedrazza)

No domingo houve nova caminha, desta vez pelo parque natural de Hoces del Río Duratón (perto de Sepúlveda). Fizemos um percurso de 10 km através de um canyon impressionante, rodeado de abutres e sempre acompanhados de um tempo muito agradável!
(Parque Natural Hoces de Río Duration)

Regressei a Madrid já perto das 22h30, mas ainda deu tempo para fazer uma das já míticas pizzas e dar um "até já" ao Erik!

Os próximos planos passam pelas Festas de San Firmin em Pamplona, por isso "não percam o próximo episódio, porque nós também não"!

Ed.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

lomo v2.0




(filme: diapositivo com revelação cruzada)

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Marrocos

(Djemaa El-Fna - Marrakesh)

De volta à terra dos blogs e como prometido com o relato da última viagem a Marrocos!

A partida, ou quase partida, foi no domingo dia 22 de Junho. Na companhia da Charlotte deveríamos ter saído directos a Marrakech às 18h30, mas depois de sucessivos adiamentos, acabaram por cancelar o voo devido a hipotéticas condições meteorológicas adversas! Assim sendo, havia que optar entre um reembolso da viagem, ou voar no dia seguinte. Apesar de já sabermos que o tempo que íamos já era curto por si só, resolvemos ir na mesma e como tal, ainda nos pagaram uma noite num hotel de 4* com pensão completa!

O cenário acabou por revelar-se um belo prelúdio. Estávamos no anunciado maior hotel da Europa, a lembrar o filme "Shinning", estava cheio de luxos e rococózismos, e onde o pessoal da Easyjet obviamente contrastava um bocado! 

Depois de um dia passado entre ginásio, buffets e piscinas, lá regressamos ao aeroporto e as 20h30 locais, já estavamos a tocar o continente africano!

Depois procedimentos habituais de entrada no país, houve que usar o alargadíssimo léxico de francês para regatear um taxi que nos levasse até à cidade (expressões como "parlez petit de francais" e "tres chér" foram espingardadas um bocadinho por toda a estadia, mas nada que não fosse entendido do outro lado com um sorriso nos lábios, ou que se resolvesse com umas palavras em inglês ou linguagem gestual! :P)

A chegada ao coração da cidade (e a própria viagem de taxi) foram como um choque inicial, com caos por todos os lados, ruído, música, motorizadas, carroças puxadas por burros, e um milhão de outras coisas para processar ao mesmo tempo. Em parte era aquilo que esperava e buscava, por isso passados 5 min, deixámo-nos envolver por tudo e limitamo-nos a seguir a corrente!

Graças ao maravilhoso "Rouf Guide" seguimos a sugestão de passar a noite no "Hostal Adais" que tinha a particularidade de se poder dormir ao ar livre, num terraço que havia no telhado! Este era o espírito que levávamos, por isso aceitámos a sugestão, que nos acabou por custar menos de 3€ por noite!!
Mal chegámos, conhecemos um inglês chamado Simon que estava a terminar a sua estadia em Marrocos. Acolheu-nos muito bem e além nos acompanhar ao jantar, ainda nos pagou um chá, água e nos deu um rolo de papel higiénico! (Thank you, Simon!)

A estadia em Marrakech foi provavelmente a mais interessante de toda a viagem, por toda a variedade que oferecia. O coração da cidade é a praça Djemaa el Fna onde decorre dia e noite a venda de frutos, ervas medicinais, chás, especiarias, todos os tipos de comida (incluindo caracóis) e com música, encantadores de serpentes, contadores de histórias e animação por todo o lado! (em parte fez-me lembrar o Mercado de Ver-o-Peso de Belém)
Ligada a esta praça, estão os Zouks, um labirinto de ruas estreitas, cheias de comércio, artesãos que aí fazem olaria, marcenaria, ferragens, curtumes, tinturaria de tecidos e quase sempre segundo os costumes antigos, e de forma a que o possamos ver. O cheiro em si também impressiona: o costume de salpicar o chão com água, as especiarias que inundam o ar e todo o odor a pele e excrementos fica gravado na nossa mente e também faz parte de algumas cidades deste país.

Depois de estarmos 2 dias em Marrakesh em que ficámos com a sensação de que quase tudo tinha ficado visto, rumamos a Fez em busca da sua história e riqueza cultural. Pelo meio ficou uma viagem de 7 horas de comboio realizada durante a madrugada do 3º dia.

A cidade de Fez encontra-se dividida entre uma zona nova e a zona velha Fès-El-Bali onde ficamos alojados num hostel mesmo à entrada da Medina.
Não fora o facto de termos estado antes em Marrakesh, talvez esta tivesse sido a minha cidade de eleição em Marrocos, já que estão todas as mesquitas e palácios mais antigos e os zouks são impressionantes pelo seu tamanho, diversidade e complexidade, sendo quase impossível (e imprescindível) perdermo-nos pelas suas ruas!

Já que o dirham e o custo de vida em Marrocos é consideravelmente mais baixo que o euro, demo-nos ao luxo de comer fora todos os dias e experimentar um pouco da gastronomia local (tajines, coucous, pastilla, chás, etc.) Já aqui, tudo o que é álcool é tão ou mais caro que na Europa, por isso para vermos o jogo Alemanha-Turquia acompanhados de uma cervejinha, tivemos de ir ao bar de um dos hotéis mais próximos (onde aliás é o único sítio onde se vende esta bebida).

Depois de passar quase dois dias em Fez, queríamos rumar até Chefchauen, para ver como seria uma cidade mais pequena e com a particularidade de ser chamada a "Cidade Azul" pela cor dos seus edifícios. Infelizmente, o nosso sentido de viagem Sul-Norte estava um bocadinho ao contrário da maior oferta de transportes e como o tempo era curto não pudemos ir...

Sendo assim, restou-nos seguir para Tanger, de onde sairíamos no sábado pela tarde. A viagem de comboio foi um calvário, não só pelas 4h de viagem, mas pela inexistência de um ar condicionado que deixava os árabes mal, quanto mais um português ou uma alemã!! Ainda assim, com a ajuda de muita água conseguimos sobreviver e chegamos a Tanger pelas 23h30. O táxi que nos deveria levar ao hotel pareceu-me a mim que estaria a levar-nos para mais longe do que devia, por isso aqui o Eduardo resolveu dizer "STOP!" no meio de nada, e ali estávamos os dois, numa cidade desconhecia, à noite e em ruas bastante manhosas! Depois de andarmos um bocado à nora, lá apanhamos um táxi noutro local, e que previamente regateado e acordado à partida nos levou ao hostal onde dormimos as últimas duas noites. O edifício alegadamente teria mais de 100 anos e a traça não destoava muito do resto da cidade, com uma influência europeia bastante grande, a fazer lembrar zonas antigas do Algarve ou do Sul de Espanha.
Como disto já estamos nós um bocado fartos, a estadia na cidade acabou por valer mais a pena pela praia, que tinha duas curiosidades:
1 - passeios turísticos de camelo
2 - o maior racio de homens/mulher por m2 alguma vez visto!

No final da viagem, foi com satisfação que recebemos o segundo carimbo nos passaportes, mas ao mesmo tempo com quase a certeza voltar mais tarde, para explorar um bocadinho mais do que estas cidades têm para oferecer e especialmente para visitar outro locais, sítios perdidos no Atlas, safaris no deserto, as praias da costa atlântica e a gente acolhedora que fomos encontrando!

De volta à Europa, começou outro turbilhão, com a despedida da Charlotte que já foi para Hamburgo, a festa de Espanha pela conquista do europeu e o regresso à vida madrilenha, mas isso fica para o próximo post!

Até lá, espero que tenham paciência para ler isto tudo, ou pelo menos ver as fotos no link aqui ao lado!

As-Salamu Alaykum,
Ed.